quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pintores Modernistas Portugueses


José Sobral de Almada Negreiros (Trindade, 7 de Abril de 1893 — Lisboa, 15 de Junho de 1970) foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista. Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.


Amadeo de Souza-Cardoso nasceu em Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, a 14 de Novembro de 1887 e morreu em Espinho, a 25 de Outubro de 1918) foi um pintor português, precursor da arte moderna, prosseguindo o caminho traçado pelos artistas de vanguarda da sua época. Embora tendo tido uma vida curta, a sua obra tornou-se imortal.

Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Ritaou Guilherme de Santa-Rita, mais tarde passaria a chamar-se apenas, Santa-Rita Pintor (Lisboa, 1889 - Lisboa, 29 de Abril de 1918 (29 anos)) foi um pintor e escritor português, considerado o introdutor do Futurismo em Portugal.

A Carta & Fernando Pessoa Heterónimo


Os heterónimos são concebidos como individualidades distintas da do autor, este criou-lhes uma biografia e até um horóscopo próprios. Encontram-se ligados a alguns dos problemas centrais da sua obra: a unidade ou a pluralidade do eu, a sinceridade, a noção de realidade e a estranheza da existência. Traduzem a consciência da fragmentação do eu, reduzindo o eu “real” de Pessoa a um papel que não é maior que o de qualquer um dos seus heterónimos na existência literária do poeta. São a mentalização de certas emoções e perspectivas, a sua representação irónica. De entre os vários heterónimos de Pessoa destacam-se: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

Segundo a carta de Fernando Pessoa sobre a génese dos seus heterónimos, Caeiro (1885-1915) é o Mestre, inclusive do próprio Pessoa ortónimo. Nasceu em Lisboa e aí morreu, tuberculoso , embora a maior parte da sua vida tenha decorrido numa quinta no Ribatejo, onde foram escritos quase todos os seus poemas, sendo os do último período da sua vida escritos em Lisboa, quando se encontrava já gravemente doente (daí, segundo Pessoa, a “novidade um pouco estranha ao carácter geral da obra”).


Não desempenhava qualquer profissão e era pouco instruído (teria apenas a instrução primária) e, por isso, “escrevendo mal o português”. Era órfão desde muito cedo e vivia de pequenos rendimentos, com uma tia-avó.
 
Caeiro era, segundo ele próprio, «o único poeta da natureza», procurando viver a exterioridade das sensações e recusando a metafísica, isto é, recusando saber como eram as coisas na realidade, conhecendo-as apenas pelas sensações, pelo que pareciam ser. Era assim caracterizado pelo seu panteísmo, ou seja, adoração pela natureza e sensacionismo. Era mestre de Ricardo Reis e Álvaro de Campos, tendo-lhes ensinado esta “filosofia do não filosofar, a aprendizagem do desaprender”.

São da sua autoria as obras O Guardador de Rebanhos, O Pastor Amoroso e os Poemas Inconjuntos.

Ricardo Reis nasceu no Porto, em 1887. Foi educado num colégio de jesuítas, tendo recebido, por isso, uma educação clássica (latina). Estudou (por vontade própria) o helenismo, isto é, o conjunto das ideias e costumes da Grécia antiga (sendo Horácio o seu modelo literário). A referida formação clássica reflecte-se, quer a nível formal, quer a nível dos temas por si tratados e da própria linguagem utilizada, com um purismo que Pessoa considerava exagerado.

Apesar de ser formado em medicina, não exercia. Dotado de convicções monárquicas, emigrou para o Brasil após a implantação da República. Caracterizava-se por ser um pagão intelectual lúcido e consciente (concebia os deuses como um ideal humano), reflectia uma moral estoico-epicurista, ou seja, limitava-se a viver o momento presente, evitando o sofrimento (“Carpe Diem”) e aceitando o carácter efémero da vida.

Álvaro de Campos, nasceu em Tavira em 1890. Era um homem viajado. Depois de uma educação vulgar de liceu formou-se em engenharia mecânica e naval na Escócia e, numas férias, fez uma viagem ao Oriente (de que resultou o poema “Opiário”). Viveu depois em Lisboa, sem exercer a sua profissão. Dedicou-se à literatura, intervindo em polémicas literárias e políticas. É da sua autoria o “Ultimatum”, manifesto contra os literatos instalados da época. Apesar dos pontos de contacto entre ambos, travou com Pessoa ortónimo uma polémica aberta. Protótipo da defesa do modernismo, era um cultivador da energia bruta e da velocidade, da vertigem agressiva do progresso, de que a Ode Triunfal é um dos melhores exemplos, evoluindo depois no sentido de um tédio, de um desencanto e de um cansaço da vida, progressivos e auto-irónicos.

Representa a parte mais audaciosa a que Pessoa se permitiu, através das experiências mais “barulhentas” do futurismo português, inclusive com algumas investidas no campo da ação político-social

Literatura Modernista em Portugal


A literatura no modernismo foi praticada por duas gerações de intelectuais ligados a duas publicações literárias: um primeiro modernismo surgido em 1915, em torno da revista Orpheu; um segundo modernismo organizado em 1927, em torno da revista Presença.

Ainda antes destas, surgiram em Portugal revistas que propunham diferentes soluções estéticas e políticas para recuperar o atraso português a este nível, como a Nação Portuguesa, de feição conservadora, e a Seara Nova, de tendências mais progressistas e democráticas. Nesta revista colaboraram investigadores como o historiador Jaime Cortesão, António Sérgio e os escritores Aquilino Ribeiro e Raul Brandão

Alberto Caeiro


Alberto Caeiro nasceu em 1889 em Lisboa e morreu em 1915 de tubercolose. Viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão nem educação quase alguma, apenas teve instrução primária.
Alberto Caeiro era de estrutura média, louro sem cor e de olhos azuis.
Caeiro era mestre dos outros heterónimos e do próprio Fernando Pessoa pois ele privilegia o sentimento em detrimento da razão o que lhe permite:
Viver sem dor;
Envelhecer sem angústia e morrer sem desespero;
Não procurar encontrar sentido para a vida e para as coisas que o rodeiam;
Sentir sem pensar;
Ser um ser uno (não fragmentado);
Era também poeta da natureza, poeta das sensações verdadeiras, poeta do olhar e tinha uma atitude anti lírica.

Poemas:




Álvaro de Campos- Aniversário


Aniversário

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos. . .
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...




Análise:

No poema Aniversário, Álvaro de Campos contrapõe o tempo da infância ao tempo presente. A época da infância é marcada pela inocência, pois a criança não tem noção do que se passa à sua volta: “Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma”.

A passagem de criança para adulto é marcada por uma perda, pois se percebe que a vida não tem sentido.

O poeta hoje “é terem vendido a casa”, ou seja, é um vazio, que perdeu a sensação de totalidade, de alegria, de aconchego dada pela vida em família na infância distante. Assim, a festa de aniversário toma o aspecto simbólico de um ritual familiar, dentro do qual a criança se torna o centro de um mundo que a acolhe e protege carinhosamente.

No presente, não há mais aniversários nem comemorações: resta ao poeta durar, porque o pensamento o impede de ter a inocência de outrora.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Artes plásticas


As artes plásticas ou belas-artes são as formações expressivas realizadas utilizando-se de técnicas de produção que manipulam materiais para construir formas e imagens que revelem uma conceção estética e poética em um dado momento histórico. O surgimento das artes plásticas está diretamente relacionado com a evolução da espécie humana.

História
As artes plásticas surgiram na pré-história. Existem diversos exemplos da pintura rupestre em cavernas. Até os dias atuais há sempre uma necessidade de expressão artística utilizando novos meios. É nas artes plásticas que encontramos o uso de novos meios para a criação, invenção e apreciação estética.

Ricardo Reis




Ricardo Reis  é um dos três heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa, tendo sido imaginado de relance pelo poeta em 1913 quando lhe veio à ideia escrever uns poemas de índole pagã. Nasceu no Porto, estudou num colégio de jesuítas, formou-se em medicina e, por ser monárquico, expatriou-se espontaneamente desde 1919, indo viver no Brasil. Era latinista por formação clássica e semi-helenista por autodidactismo. Na sua biografia não consta a sua morte, no entanto José Saramago faz uma intervenção sobre o assunto em seu livro O Ano da Morte de Ricardo Reis, situando a morte de Reis em 1936.






Segue o Teu Destino
Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nos queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-proprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.

Ricardo Reis, in "Odes"
Heterónimo de Fernando Pessoa


quarta-feira, 16 de maio de 2012

heterónimos Fernando Pessoa


Heterónimos:Heterónimos:
- Alberto Caeiro
- Álvaro de Campos
- Bernardo Soares (semi-heterónimo)
- Ricardo Reis


Heterónimos héteros = diferente; + ónoma = nome é o estudo dos heterónimos, isto é, estudo de autores fictícios que possuem personalidade. Ao contrário de pseudónimos, os heterónimos constituem uma personalidade. O criador do heterónimo é chamado de "ortónimo".Sendo assim, quando o autor assume outras personalidades como se fossem pessoas reais.O maior e mais famoso exemplo da produção de heterónimos é do poeta português Fernando Pessoa. Ele criou os heterônimos Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, entre muitos outros. Também criou o semi-heterónimo Bernardo Soares.

Fernando Pessoa Ortónimo


Figura cimeira da literatura portuguesa e da poesia europeia do século XX. O seu virtuosismo foi, sobretudo, uma forma de abalar a sociedade e a literatura burguesas gasta (nomeadamente através dos seus «ismos»: paulismo, interseccionismo, sensacionismo), ele fundamentou a resposta revolucionária à concepção romântica, sentimentalmente metafísica, da literatura. O apagamento da sua vida pessoal não se opôs ao exercício activo da crítica e da polémica em vida, e sobretudo a uma grande influência na literatura portuguesa do século XX.
Fernando Pessoa ortónimo, seguia, formalmente, os modelos da poesia tradicional portuguesa, em textos de grande suavidade rítmica e musical. Poeta introvertido e meditativo, anti-sentimental, reflectia inquietações e estranhezas que questionavam os limites da realidade da sua existência e do mundo. O poema “Mensagem”, exaltação sebastiânica que se cruza com um certo desalento, uma expectativa ansiosa de ressurgimento nacional, revela uma faceta misteriosa e espiritual do poeta, manifestada também nas suas incursões pelas ciências ocultas e pelo rosa-crucianismo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Alberto Caeiro


       O Pastor Amoroso
                   
            O pastor amoroso perdeu o cajado, 
                    E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta, 
                    E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe pira tocar. 
                    Ninguém lhe apareceu ou desapareceu. 
                    Nunca mais encontrou o cajado. 
                    Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas. 
                    Ninguém o tinha amado, afinal. 
                    Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo: 
                    Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre, 
                    As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento, 
                    A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem, 
                    estão presentes. 
                    (E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco 
                    nos pulmões) 
                    E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, 
                    uma liberdade 
                    no peito. 




 "Poema Décimo"

"Olá, guardador de rebanhos, 
Aí à beira da estrada, 
Que te diz o vento que passa?"

"Que é vento, e que passa, 
E que já passou antes, 
E que passará depois. 
E a ti o que te diz?"

"Muita cousa mais do que isso. 
Fala-me de muitas outras cousas. 
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram."

"Nunca ouviste passar o vento. 
O vento só fala do vento. 
O que lhe ouviste foi mentira, 
E a mentira está em ti."


Este poema constrói-se como um dialogo entre o sujeito poético (“guardador de rebanhos”) e um outro que com ele se cruza no caminho (“Aí a beira da estrada”) e que o interpela sobre o significado do vento (vento é símbolo do real). Este diálogo é um processo que permite apresentar dois pontos de vista, diferentes a dois níveis:
· Primeiro, para o sujeito poético, a relação com a realidade passa por sentir apenas essa realidade, sem a pensar ou imaginar; para o seu interlocutor, a realidade é muito mais do que aquilo que se sente, pois é também porta aberta para a memória, a saudade e o sonho;
· Segundo, para o sujeito poético só existe a verdade do momento, do presente; para o seu interlocutor, o presente conduz á memória do passado e a imaginação do futuro.
Pode estabelecer-se uma clara relação entre os pontos de vista assumidos pelas duas personagens com os traços que caracterizam Alberto Caeiro e Fernando Pessoa ortónimo - neste poema, Alberto Caeiro apresenta-se como negação do ponto de vista do ortónimo: “a mentira está em ti”.




quarta-feira, 9 de maio de 2012

Santa-Rita Pintor




Pintor português, de nome verdadeiro Guilherme Augusto Cau da Costa, nascido em 1890 e falecido em 1918,considerado o iniciador do Futurismo no nosso país.
Formado pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, fixou residência em Paris em 1910, onde contactou com oscírculos artísticos vanguardistas, passando a conviver com artistas como Picasso, Marinetti e Max Jacob.
O termo futurista apareceu numa crónica parisiense de Aquilino Ribeiro, de 1912, e chegou até nós em 1914, data emque Santa-Rita estava de volta ao país natal, trazendo consigo os novos ideais estéticos do seu tempo eencarregando-se de os divulgar, tendo introduzido, desta forma, o novo movimento modernista, . Esta polémica futuristaera mais literária do que artística, pois, no campo das artes plásticas, este pintor estava sozinho. Nesta disputa literáriaeram determinantes as figuras de Álvaro de Campos, um dos heterónimos do poeta Fernando Pessoa, Raul Leal eAmadeo de Souza-Cardoso. O artista colaborou no número dois da Orpheu e foi responsável pela edição do primeiro eúnico volume de Portugal Futurista; em 1917 animou a sessão futurista do Teatro da República. Apesar da suaintervenção no segundo número de Orpheu, Santa-Rita estava afastado das teorias dos poetas desse círculo, a suaatividade era de índole mais material, e aliás não era muito apreciado por Mário de Sá-Carneiro, e por Amadeo de Souza-Cardoso. Do conjunto da sua obra, destruída à sua morte, restam apenas algumas reproduções como uma cópia daOlímpia do pintor Monet; uma Cabeça cubo-futurista de cerca de 1910, uma obra muito importante em termosestéticos, que representa a sua maturidade enquanto artista plástico e é considerada a primeira obra "moderna" de umpintor português; uma Cabeça de Velha, um Retrato de Camponesa, e uma pintura expressionista, de cerca de 1907,intitulada Orpheu nos Infernos.

Amadeo de Sousa Cardoso


A sua obra é caracterizada por paisagens exóticas, com desenhos cubistas que transmitem :elegância, mistério, imaginação, emoção e simbolismo. Amadeo acumula elementos geométricos caligráficos, com linhas encurvadas coloridas que conduzem a uma acção extremamente dinâmica.



Almada Negreiros


Para além da literatura, Almada Negreiros notabilizou-se nas artes plásticas, nomeadamente na pintura a óleo. Desenvolveu ainda composições coreográficas para ballet e contribuiu para a História da Arte Portuguesa, anunciando a descoberta da perspectiva dos ladrilhos nos dois trípticos de Nuno Gonçalves. Trabalhou em decoração, tapeçaria, gravura, pinturas murais, caricatura, mosaico e vitral. Podem admirar-se trabalhos desta última faceta do artista na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa

http://www.google.com/imgres?q=Auto-retrato+num+grupo,+Almada+Negreiros&um=1&hl=pt-PT&client=firefox-a&sa=N&rls=org.mozilla:pt-PT:official&biw=1280&bih=591&tbm=isch&tbnid=F8o8yQOgxB3tvM:&imgrefurl=http://gomesluis1990.no.comunidades.net/index.php%3Fpagina

Nesta pintura estão retratadas quatro pessoas no café “A Brasileira”. Duas mulheres e dois homens sendo que o senhor à esquerda no quadro é o próprio Almada Negreiros. Este quadro reflecte o ambiente de modernidade vivido em Lisboa e, simultaneamente, a vida do quotidiano português, não só pela presença de mulheres num café mas, especialmente pela ruptura com os hábitos da sociedade tradicional evidenciados pela sua postura: uma delas está a fumar (a mulher do lado esquerdo), e a outra apresenta vestuário não convencional.

1915 -
 - A Cena do Ódio (poesia) 
- A Engomadeira (novela)  - O Sonho da Rosa (bailado, realização)
- Manifesto Anti-Dantas e Por Extenso
1916
- Exposição Amadeo de Souza Cardoso - Liga Naval de Lisboa 
- Litoral 
1917
- Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX (conferência, publicada na Portugal Futurista)
- K4, O Quadrado Azul (novela) 
1918
- O Jardim da Pierrette (bailado) 
1919
- Histoire du Portugal par Coeur
1921
- A Invenção do Corpo (conferência)
- A Invenção do Dia Claro 
1924
- Pierrot e Arlequim (teatro)
1925
- Nome de Guerra (romance), só editado em 1938
1926
- A Questão dos Painéis (ensaio)


George Braque


Georges Braque (Argenteuil, 13 de maio de 1882 — Paris, 31 de agosto de 1963) foi um pintor e escultor francês que fundou o Cubismo juntamente com Pablo Picasso.
Braque iniciou a sua ligação às cores na empresa de pintura decorativa de seu pai. A maior parte da sua adolescência foi passada em Le Havre, mas no ano de 1899, mudou-se para Paris onde, em 1906, no Salão dos Independentes, expôs as suas primeiras obras no estilo de formas simples e de cores puras (fauvismo).
No Outono de 1907, conheceu Picasso com quem se deu quase diariamente até que em 1914, devido à Grande Guerra se separaram.
Braque foi ferido na cabeça em 1915, tendo sido agraciado com a Cruz de Guerra e da Legião de Honra. Durante dois anos, devido ao ferimento esteve afastado da pintura, tendo retornado em 1917 focando-se em naturezas-mortas e pinturas figurativas, sempre dentro de uma formulação cubista[1].

1900 - A Amiga da Avó, C.
1906 - O Porto de Anvers
1906 - O Porto de L'Estaque
1906 - O Porto de Anvers (O Mastro)
1906 - Paisagem de L'Estaque (3 obras)
1907 - Nu sentado visto de costas
1907 , 1908 - Gande nu (Grande banhista)
1907 - O Viaduto de L'Estaque
1908 - Casas de L'estaque
1908 - Paisagem de L'Estaque
1908 - O Viaduto de L'Estaque
1909 - Jarro, Garrafa e Limão
1909 - Porto da Normandia
1910 - Nature Morte au Violon (Violino e Jarro)
1910 - Le Sacré-Couer
1910 - Mulher com bandolim
1911 - O Português
1911 - O Violino
1911 - A Palmatória
1912 - O Violino, Mozart, Kubelick
1912 - Bodegón com uvas
1912 - A guitarra
1912, 1913 - Ária de Bach
1913 - Statue d'Epouvante
1913 - Bodegón com vaso e jornal
1914 - Copo, Garrafa e Cachimbo numa Mesa
1914 - O Ás de Copas
1914 - Bodegón com Mesa
1918 - Guitarra e Clarinete
1918 - Bodegón com Uvas
1918 - Vaso e Pêra
1920 - O Aparador
1922 - O Velador
1923 - A Chaminé
1925 - A Mesa de Mármore
1927 - Bodegón do Clarinete
1929 - O Velador
1929 - As Três Barcas
1929 - A mesinha redonda
1931 - Nu Encostado e Velador
1933 - briga de galo
1934 - Bodegón com Mantel vermelho
1937 - Mulher do Bandolim
1938 - O Velador
1939 - O Pintor e seu Modelo
1940, 1941 - Os Dois Salmonetes
1941 - Garrafa e Peixes
1941, 1945 - Bodegón com Caveira
1941, 1960 - A Minha Bicicleta
1942 - Chaleira e Uvas
1942 - A Paciência
1942, 1961 - O Homem da Guitarra
1944 - O Salão
1945 - O Bilhar
1946 - A Jarra de Lilases
1947, 1960 - A Cadeira de Jardim Malva
1948, 1950 - Bodegón da Lagosta
1949 - Atelier II
1949, 1951 - Atelier III
1951 - A Noite
1952, 1953 - O Pássaro Quadriculado
1952, 1953, 1956 - Atelier IX
1955 - Paisagem com Arado
1956, 1957 - Os Pássaros Negros
1956, 1957 - O Campo de Colza
1958 - Ninho na Fronde
1959 - Paisagem
1960 - Os Pássaros
1961 - Pássaro na Fronde
1962 - O Arado Metálico

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Algumas obras de Picasso


- Auto-retrato
 

- Absinto (Rapariga no café)
 

- A morte de Casagemas
 
- Evocação - O funeral de Casagemas
 

- Velho guitarrista cego
 

- Miseráveis diante do mar
 

- A Vida
 

- Mulher passando a ferro
 

- O ator
 

- Garçon à la pipe (Rapaz com cachimbo)
 

- Fernanda com um lenço preto
 

- Vasilhas
 

- Mulher com leque
 

- Jovem nu (Jovem rapaz com braços levantados)
 

- Banho
 

- Garrafa, jarra e frutas
 

- Mulher loira
 

- Guernica
 

- Vaso sobre a mesa
 

- O tomateiro
 

- Arlequim com baton
 
- Busto de mulher
 
- Lagosta e gato
 

- Nude, Green Leaves and Bust

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pablo Picasso


O artista espanhol Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso mais conhecido por Pablo Picasso (25/10/1881-8/4/1973) destacou-se em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX.
 Nasceu na cidade espanhola de Málaga. Fez seus estudos na cidade de Barcelona, porém trabalhou, principalmente na França. Seu talento para o desenho e artes plásticas foi observado desde sua infância.
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
 Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica. Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.

 Na década de 1940, volta ao passado e pinta diversos quadros retomando as temáticas do início de sua carreira. Neste período, passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica. Já na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: O Almoço Sobre a Relva de Manet e As Meninas do artista plástico Velázquez, são exemplos deste período.
Já com 87 anos, Picasso realiza diversas gravuras, retomando momentos da juventude. Nesta última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo. Morreu em 1973 numa região perto de Cannes, na França.

O Modernismo



Corrente artística que surgiu na última década do século XIX, como resposta às consequências da industrialização, valorizando novamente a arte e a sua forma de realização: manual.

Na Europa, essa vanguarda tem como marca o avanço tecnológico e científico do início do século XX. Nesse período, o cotidiano das pessoas sofre uma verdadeira revolução com a supervalorização do progresso e da máquina. O Capitalismo entra em crise dando início à Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). A seguir, a crise financeira, oriunda do conflito, leva à Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), e nos anos intermediários, conhecidos como “os anos loucos”, as pessoas passam a conviver com a incerteza e com o desejo de viver somente o presente.

Termo:
No Brasil, o termo identifica o movimento desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922.

Características:
- Desejo de liberdade de criação e expressão;
- Ideias nacionalistas;
- Visava emancipar-se da dependência européia;
- Três fases como características particulares

PRIMEIRA FASE
De 1922 a 1930.

Escritores marcantes: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado.

SEGUNDA FASE
Situada entre 1930 e 1945.

Escritores marcantes: Jorge de Lima, Augusto Frederico Schmidt, Murilo Mendes, Tasso da Silveira, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes e, sobretudo, Carlos Drummond de Andrade.

TERCEIRA FASE
Situada entre 1945 e os nossos dias.

Escritores marcantes:  João Cabral de Melo Neto, Guimarães Rosa, Thiago de Melo, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino e Clarice Lispector.


 

Modulo 9 "Textos Liricos"