quarta-feira, 18 de abril de 2012

Jornalismo Corrupto

Essa pratica já é bem antiga de se "comprar" o jornalismo. Apesar de muita gente achar que é uma lenda urbana, é realmente verdade que o dono da empresa, e até mesmo o próprio governo paga para que a imprensa seja mais amena, o que se transforma de uma certa forma numa censura e uma falta de jornalismo liberal. Aos que não entende bem com isso se desenrola, vou explicar: Um empresa X compra anúncios todos os dias de página dupla no jornal Y. Quando sai um escândalo envolvendo a empresa X, certamente o jornal Y não vai falar sobre o assunto e nem mal de seu maior anunciante. Apesar de absurdo, essa prática é bem antiga.

O Cartoon

Um cartoon, que pode ser chamado de cartune ou cartum é um desenho humorístico que pode ser ou não acompanhado de legenda, de caráter extremamente crítico que retratanda de uma forma muito resumida algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade.
É de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na década de 1840, quando a revista Punch publicou uma série de charges que parodiavam estudos para os frescos do Palácio de Westminster, adaptados para satirizar acontecimentos da política contemporânea. O significado original da palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é muito utilizada nas artes plásticas.
Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de comédia e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Caricatura de "Rafael Bordalo Pinheiro"

Caricatura é um desenho de um personagem da vida real, tal como políticos e artistas. Porém, a caricatura enfatiza e exagera as características da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas circunstâncias acentua gestos, vícios e hábitos particulares em cada indivíduo.




Olhando com estupefação e preocupação o que os Políticos fizeram do meu País, não pude deixar de me lembrar de um outro tempo, o do grande Rafael Bordalo Pinheiro."Já no fim da Monarquia, quando o regime parlamentar se degradava eticamente, Bordalo desenhou a Política como “a grande porca”, criticando os partidos e os políticos através da caricatura e do ridículo."
Se hoje estivesse entre nós, Bordalo Pinheiro continuava a ter "material" de sobra para construir as suas caricaturas.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Temáticas de Cesário Verde.

Temáticas:
poesia do quotidiano
poesia impressionista
poesia realista
oposição campo/cidade
critica social
poeta anti-romântico
poeta da modernidade

Poema Cesário Verde "De Tarde"

Naquele pic-nic de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico, 
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o Sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!


Segundo Urbano Tavares Rodrigues, o poema "De Tarde" é "exemplo de arte parnasiana, narrativa e plástica, desejosa de naturalidade e de plena consecução formal". ( "Parnasianismo" in Dicionário de Literatura )
 A primeira quadra constitui a introdução do poema. Nos dois primeiros versos, o demonstrativo "Naquele" e a forma verbal no Pretérito Perfeito "Houve" remetem para o passado, instaurando a memória como meio de representação poética. Nesta quadra introduzem-se ainda dois motivos que percorrem o texto: a simplicidade "uma coisa simplesmente bela/ E que, sem ter história nem grandezas" e o carácter plástico da cena descrita "bela", "dava uma aguarela"; simplicidade e prazer estético aliam-se para justificar a descrição desta experiência vivida pelo sujeito poético, como se confirmará na última estrofe.
 O poema esboça uma narrativa. É possível verificar a existência de categorias próprias do discurso narrativo, tais como: espaço (campestre) - "um granzoal" (v. 7), "em cima duns penhascos" (v. 9); tempo - "De tarde" (título), "Pouco depois.../...inda o sol se via" (vv. 9-10); personagens -"burguesas" (v. 1), "tu" (v.5), "Nós" (v. 10); acção - um "pic-nic" (v. 1), "descendo do burrico, / Foste colher... (...) / Um ramalhete rubro de papoulas" (vv. 5 a 8), "Nós acampámos (...) / E houve talhadas de ..." (vv. 9 a 12)
A utilização destes elementos narrativos permite a criação de dois quadros: 1º quadro (2ª estrofe) - a burguesa, que desceu do burrico, colhendo papoulas; 2º quadro (3ª e 4ª estrofes) - o "pic-nic", em cima dos penhascos, destacando-se a imagem do ramalhete de papoulas saindo do decote da "burguesa".
Há sugestões pictóricas relativas a: linhas - horizontal - o "granzoal" / vertical - os "penhascos"; volumes - "o ramalhete", "talhadas de melão", "damascos", "seios"; cor - "granzoal azul", "ramalheterubro", "talhadas de melão" / "damascos" (sugestão de tons amarelados), "todo púrpuro", "a sair da renda / Dos teus dois seios" (sugestão de branco). A descrição é feita com base em sensações, sobretudo visuais: percepção visual explícita - cores, elementos do cenário (melão, damascos), "inda o sol se via"; percepção gustativa implícita - referência aos alimentos ( "E pão-de-ló molhado em malvasia" ).
A musicalidade do poema é obtida através das rimas (cruzadas), do ritmo dos versos e do recurso à aliteração: " A um granzoal azul de grão-de-bico", "Um ramalhete rubro de papoulas", "E houve talhadasde melão, de damascos, / E pão-de-ló molhado em malvasia"