terça-feira, 25 de setembro de 2012

A estrutura interna de "Os Lusiedas"



As partes constituintes

Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro fontes:

· Proposição – parte introdutória, na qual o poeta anuncia o que vai cantar (Canto I, estrofes 1-3)

· Invocação – pedido de ajuda as divindades inspiradores (A principal invocação é feita as Tágides, no canto I, estrofes 4 e 5, ás Ninfas do Tejo e do Mondego, no canto VII 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X, estrofe 8)

· Dedicatória – oferecimento do poema a uma personalidade importante. (Esta parte, facultaria, pode ter origem nas Geórgicas de Virgílio ou nos Fastos de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade)

· Narração – parte que constitui o corpo da epopeia; a narrativa das ações levadas a cabo pelo protagonista. (Começando no Canto I, estrofe 19, só termina no Canto X, estrofe 144, apresentando apenas pequenas interrupções pontuais).

Os planos narrativos

Obra narrativa complexa, Os Lusíadas constroem-se através da articulação de três  planos narrativos, não deixando, ainda assim, de apresentar uma exemplar unidade de ação.

Como plano narrativo fuleral apresenta-nos a viagem de Vasco da Gama à India. Continuamente articulado a este e paralelo a ela, surge um segundo plano que diz respeito à intervenção dos deuses do Olimpo na Viagem. Encaixado no primeiro plano, tem lugar um terceiro, que é constituído pela História de Portugal, contada por Vasco da Gama ao rei de Melindo, para Paulo da Gama e por entidades dividas que vaticinam futuros feitos dos Portugueses.

A estrutura externa de "Os Lusiedas"



O poema está escrito em versos decassílabos, com predomínio do decassílabo heroico (acentos para 6ª e 10ª sílabas). É considerado o metro mais adequado á poesia épica, pelo seu ritmo grave e vigoroso. Surgem também alguns raros exemplos de decassílabo sáfico (acentos na 4ª, 8ª e 10ª sílaba).

· As estrofes são de oito versos e apresentam o seguinte esquema rimático – “abababcc” ( a este tipo estrófico costuma chamar-se oitava rima, oitava heroica ou oitava italiana)

· As estrofes estão distribuídas por 10 cantos. O número de estrofes por canto varia de 87, no canto VII, a 156 no canto X. No seu conjunto, o poema apresenta 1102 estrofes.

Bibliografia de Luis de Camões


Bibliografia de Camões

O seu nome era Luís Vaz de Camões e como tudo indica nasceu entre  1524/1525.

Os seu país eram Simão Vaz de Camões e Ana de Sá de Macedo.

Camões como todo o ser não escapou à morte no dia 10 de Junho de 1579/1580. Muitos nos faz querer que tenha sido uma vitima da peste que assolava Lisboa.

Viveu em Lisboa no século XVI. A luta contra os mouros fê-lo partir para outros territórios. Foi nesses combates que Luís Vaz de Camões perdeu para sempre um dos seus olhos.

Tempos depois foi enviado para a Índia onde permaneceu em Goa e Macau.

Estudou diversas áreas deborçando-se mais sobre a literatura.

Nunca foi casado embora namoradas não lhe faltassem. Dizem que foi enamorado da Infanta D.Maria, irmã de D.João III, Rei de Portugal.

A primeira obra do poeta Camões escreveu foi a "Lírica".

Luís Vaz de Camões foi soldado onde combateu contra os Mouros no Norte de África. Foi um dos maiores poetas portugueses da época iluminista que publicou em vida apenas uma parte dos seus poemas.

Camões era um autor muito completo. Escreveu várias obras como " Os Lusíadas", "Lírica", "El Rei Selenca", " Anfitriões", "Filodemo", "Parmaso Lusitano".

A sua obra mais conhecida foi "Os Lusíadas".

"Os Lusíadas" é uma epopeia iluminista que canta os guerreiros saídos de Portugal por mares desconhecidos e que passaram além do limite das terras mostrando coragem e determinação.

Camões foi considerado por muitos, um dos maiores poetas de sempre, figura da nossa pátria.

Biografia de Luis de Camões


Luís de Camões:
Poeta português (Lisboa ou Coimbra, c. 1524 – Lisboa, 1580), um dos vultos maiores da literatura da Renascença. Sua obra se coloca entre as mais importantes da literatura ocidental.

Luís de Camões é considerado o poeta português mais completo de sua época, ou até mesmo de toda a literatura de língua portuguesa. É assim considerado não somente por ter feito uso de quase todos os gêneros poéticos tradicionais, mas também pela amplitude dos temas de que tratou e pelo excepcional domínio da língua. Camões manipulou todos os recursos da língua portuguesa, ampliando enormemente seu campo de expressão.

Na obra de Camões, a língua portuguesa passou a expressar sentimentos, sensações, fatos e ideias de uma forma que até então não fora alcançada por ninguém. Sua posição de destaque entre os poetas portugueses de seu tempo é devida também ao fato de em sua obra estarem presentes tanto o humanismo como a expansão ultramarina, isto é, os dois elementos que caracterizaram o Renascimento português. 

Renascimento, Humanismo e Classicismo


Renascimento - monivento cultural dos Séculos XV e XVI


- Teve origem em Florença na Itália, tendo, mais tarde difundindo-se para toda a Europa

- Verifica-se uma renovação das artes e das ciências

- Renascem os ideais greco-romanos da cultura clássica

- A visão antropocêntrica opõe-se ao teocentrismo da Idade Média

- Previligia-se a racionalidade, a dignidade do ser humano e o ideal humanista

- Descobrimentos - Portugal e Espanha partem à conquista e destacam-se como uma potência na Europa

- Aumento do patriotismo

 

Humanismo - movimento intelectualista e racionalista do Renascimento

 
- O Homem é visto como o centro de tudo

- O conhecimento depende do que o Homem é capaz de fazer

- Confiança nas capacidades do Homem

 

Classicismo - Surge a par do humanismo uma vez que as atenções caem sobre todo o que o Homem já produziu

 
- Artista imitam modelos clássicos e seguem as suas normas:

- Hamonia

- Simplicidade

- Equilíbrio

- Precisão

- Sentido de proporções

Módulo 10

Textos épicos e épico-liricos