quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Musica Barroca

A música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homónima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Cláudio Monteverdi no século XVII, até a morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.

Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do aproveitamento de dois modos: o modo jónico  (modo "maior") e o modo eólio  (modo "menor").
Do Período Barroco na música surgiu o desenvolvimento tonal, como os tons dissonantes por dentro das escalas diatónicas como fundação para as modulações dentro de uma mesma peça musical; enquanto em períodos anteriores, usava-se um único modo para uma composição inteira causando um fluir incidentalmente consonante e homogéneo da polifonia. Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram ornamentação musical mais elaboradas e ao máximo, nunca usada tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram técnicas novas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance instrumental da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.

Pintura barroca

No barroco, a pintura é inquietante e altamente espiritualizada. Os pintores barrocos enfatizaram novos e sugestivos métodos de composição. Usaram técnicas tais como figuras desproporcionais ante a perspectiva e desenhos que eram intencionalmente assimétricos. Esses artistas interessavam-se mais em captar a idéia de espaço e movimento do que apresentar formas individuais como a última perfeição. Miguel Ângelo, Caravaggio e Annibale Carraci foram pintores barrocos de grande nome. Petrus Paulus Rubens, de Flandres, foi o líder da pintura barroca no norte. Os pintores espanhóis El Greco e Diego Valázquez acrescentaram elementos fortes e sombrios ao movimento. Como a arquitetura, a pintura barroca francesa do período conservou sobretudo qualidades clássicas, por exemplo nas obras de Nicolas Poussin e Claude -século XVII. No Brasil, destacam-se os trabalhos de Manuel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro, em Minas Gerais, e as pinturas alegóricas de Pernambuco, onde os temas religiosos se mesclavam a elementos profanos alusivos à invasão holandesa a às lutas contra os ocupantes.

Literatura Barroca

O Barroco sucedeu o Renascimento, abrangendo do final do século XVI ao final do século XVIII,  estendendo-se a todas as manifestações culturais e artísticas europeias e latino-americanas. O momento final do Barroco, o Rococó é considerado um barroco exagerado e exuberante, e para alguns, a decadência do movimento.
Não há um consenso quanto a origem da palavra Barroco. Deriva da palavra Barróquia, nome de uma região da Índia, grande produtora de uma pérola de superfície irregular e áspera com manchas escuras, conhecida pelos portugueses como barroco. Aproximando-se assim do estilo, que segundo os clássicos era um estilo "irregular", "defeituoso", de "mau gosto".
Em sua estética, o barroco revela a busca da novidade e da surpresa; o gosto pela dificuldade, pregando a ideia de que se nada é estável tudo deve ser decifrado; a tendência ao artifício e ao engenho; a noção de que no inacabado reside o ideal supremo de uma obra artística.
A literatura barroca se caracteriza pelo uso da linguagem dramática expressa no exagero de figuras de linguagem, de hipérboles, metafóricos, anacolutos e antíteses.

Características do Barroco


Nas artes plásticas o Barroco despertou em Portugal tardiamente em relação a certas zonas da Europa, depressa convertidas ao novo estilo Barroco é o termo porque se designa o estilo das artes plásticas da literatura e da própria vida, que desde os fins do século XVI até meados do século XVIII se opõe ao que se considerava o equilíbrio clássico, que constitui o ideal artístico do Renascimento e como modelo se aprendia nas nas classes, sob o magistério da dos escritores e artistas da Antiguidade Greco-Latina.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Museu Regional de Beja

O Museu Regional de Beja possui um vasto acervo patrimonial nomeadamente as colecções de Pintura, Arqueologia, Azulejaria, Escultura, Ourivesaria, Cerâmica Utilitária, Numismática Metrologia e Ferragens. O Núcleo de pintura reúne um importante conjunto de obras produzidas em Portugal Espanha e Holanda, entre os séculos XV e XVIII, dos primitivos portugueses destacamos o Ecce Homo, S. Vicente (atribuido ao Mestre Vicente Gil, da Escola de Coimbra), A Virgem da Rosa, e quatro trabalhos do pintor português António Nogueira, a saber A Visitação de Santa Isabel, A Descida da Cruz, A Ressurreição e a Ascensão. Da Colecção de Arqueologia destacamos o importante núcleo romano, e o conjunto de capitéis clássicos, de grandes dimensões do Fórum da Antiga Pax Julia (a Beja romana). Na Colecção de Azulejaria salientamos a azulejaria hispano-árabe dos séculos XV e XVI.
Os andores em prata dedicados a S. João Evangelista e S. João Baptista são as duas importantes obras de referência da Colecção de Ourivesaria do Museu Regional

Carta de Achamento de pedro vaz de caminha "exerto"

"Na noite seguinte,  segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com  sua nau, sem haver tempo forte  nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!"

Padre António Vieira