
Era pequenino, face oval de "um trigueiro cálido", olhos belos – "assemelhavam-no a um belo árabe". Valentia física.
Pedro da Maia apresentava um temperamento nervoso, fraco e de grande instabilidade emocional. Tinha assiduamente crises de "melancolia negra que o traziam dias e dias mudo, murcho, amarelo, com as olheiras fundas e já velho". Eça de Queirós dá grande importância à vinculação desta personagem ao ramo familiar dos Runa e à sua semelhança psicológica com estes. Pedro é vítima do meio baixo lisboeta e de uma educação retrógrada. O seu único sentimento vivo e intenso fora a paixão pela mãe, até se apaixonar por Maria Monforte, paixão que lhe dá até força para contrariar o pai. Apesar da robustez física, é de uma enorme cobardia moral (como demonstra a reacção do suicídio face à fuga da sua mulher).
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