quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Realismo em Portugal

Realismo em Portugal

A partir de 1860, uma reviravolta intelectual portuguesa: o Romantismo está agonizante. Coimbra é a trincheira de jovens revolucionários influênciados pelas ideias de Proudhon, Quinet, Taine, Renan etc. Em 1861, Antero de Quental funda a Sociedade do Raio e em 1865 edita Odes Modernas. Na Obra de Pinheiro Chagas,Poema da Mocidade (1865), Castilho faz um posfácio onde critica os jovens da geração de 60: "muito há que eu me pergunto a mim donde proviria esta enfermidade que hoje grassa por tantos espíritos, de que até alguns dos mais robustos adoecem, que faz com que a literatura e em particular a poesia ande marasmada, com fastio de morte à verdade e a simplicidade..."

Questão Coimbrã

Como resposta, Antero publica uma carta aberta a Castilho, denominada "Bom-senso e Bom gosto", onde rebate as críticas do mestre romântico ("Levanto-me quando os cabelos brancos de V.Exa passam diante de mim. Mas o travesso o cérebro que está debaixo e as garridas e pequininas cousas que saem dele confesso não merecerem, nem admiração, nem respeito, nem ainda estima. A futilidade num velho desgosta-me tanto com a gravidade numa criança V.Exa precisa menos cinqüenta anos de idade, ou então mais cinqüenta de reflexão."). Estava iniciada a Questão Coimbrã, ou Bom senso e Bom gosto.


Conferências do Casino

Essa querela entre antigos e novos vai até o ano 1871, quando acontecem as Conferências do Casino, uma tentativa de revolucionar, transformar a sociedade portuguesa e elevar Portugal ao mesmo nível das potencias europeias, onde, entre outras coisas, apregoa-se uma reforma, uma transformação política, econômica, social e religiosa da sociedade portuguesa.
Eça de Queiroz, que tinha participado apenas como espectador nas polêmicas da Questão Coimbrã, desta vez se coloca no centro da diatribe defendendo o Realismo (o pomo da discórdia entre os defensores do romantismo e do ultra-romantismo e a Geração de 70). Sob a influência do Cenáculo e de Antero, Eça aproximou-se das teorias de Taine e dos postulados estético-sociais de Proudhon, atacando fortemente o estado da literatura portuguesa (que considera decadente) e propondo uma arte que correspondesse ao espírito dos tempos, actuasse como regeneradora do corpo social e da sua consciência, banisse o que era falsidade e pintasse a realidade tal como ela é. Alguns exemplos são Coubert na pintura e Flaubert na literatura com a obra Madame Bovary.
Eça renega assim a arte pela arte e põe a literatura ao serviço da sociedade e do aperfeiçoamento da humanidade, posicionando-se consciente ou inconscientemente dentro do Naturalismo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Vida e obra de Eça de Queiroz

Introdução

José Maria Eça de Queiroz foi um importante romancista português do século XIX. Nasceu em 25 de Novembro, de 1845, na cidade portuguesa de Póvoa de Varzim.

Vida Artística

Aos 16 anos de idade, foi estudar Direito na cidade de Coimbra. Seus primeiros trabalhos como escritor apareceram no Jornal Gazeta de Portugal. Trabalhou como administrador municipal no município de Leiria. Trabalhou também como cônsul de Portugal na Inglaterra. Esta época foi uma das mais produtivas de sua carreira.

Foi discípulo do escritor francês Gustave Flaubert, de quem recebeu grande influência literária. Eça de Queiroz foi um dos pioneiros da literatura realista em Portugal.

Abordou, em suas obras, diversos temas. Porém, podemos observar algumas características comuns em seus romances, como, por exemplo, abordagem de temas cotidianos, descrição de locais e comportamento de pessoas, pessimismo, ironia e humor.

Eça de Queiroz morreu na cidade de Paris em 1900. Suas obras foram traduzidas em várias línguas. É considerado até os dias de hoje como sendo um dos principais representantes do realismo português.

Principais obras de Eça de Queiroz

· A Cidade e as Serras
· A Ilustre Casa de Ramires
· A Relíquia
· A Tragédia da Rua das Flores
· As Farpas
· Contos e Prosas Bárbaras
· O Crime do Padre Amaro
· O Mandarim
· O Mistério da Estrada de Sintra
· O Primo Basílio
· Os Maias
· Uma Campanha Alegre

Modulo 8

Textos Narrativos e textos Líricos

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Reflexão sobre a obra "Frei Luís de Sousa"

Durante as aulas de português do segundo período foi abordado a obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Reconheço que fiquei bastante admirado com esta obra pois, quando a comecei a ler, achei-a um pouco maçadora e à medida que a fomos abordando nas aulas, fui ganhando um pouco aborrecida, mas eu vejo o lado positivo disso e reconheço que ter de dala e responder a perguntas sobre ela, acaba por contribuir muito para o nosso conhecimento acerca da obra, e que nos deixa mais enriquecidos.Gostei de toda a abra apesar de a ter achado demasiado grande .

Linguagen e Estilo em "Frei Luís de Sousa"

- A linguagem aproxima-se, muitas vezes de um certo tom coloquial, é dominada, frequentemente, pelos sentimentos, com recurso a pontuação expressiva onde a ocorrência das reticências e dos pontos de exclamação.
- O ritmo é marcado por frases entrecortadas, às vezes inacabadas, e por repetições anafóricas.
- Recorre-se a atos ilocutórios expressivos.