As partes constituintes
Os Lusíadas constroem-se pela sucessão de quatro fontes:
· Invocação – pedido de ajuda as divindades inspiradores (A
principal invocação é feita as Tágides, no canto I, estrofes 4 e 5, ás Ninfas
do Tejo e do Mondego, no canto VII 78-82 e, finalmente, a Calíope, no Canto X,
estrofe 8)
· Dedicatória – oferecimento do poema a uma personalidade
importante. (Esta parte, facultaria, pode ter origem nas Geórgicas de Virgílio
ou nos Fastos de Ovídio; não existe em nenhuma das epopeias da Antiguidade)
· Narração – parte que constitui o corpo da epopeia; a
narrativa das ações levadas a cabo pelo protagonista. (Começando no Canto I,
estrofe 19, só termina no Canto X, estrofe 144, apresentando apenas pequenas
interrupções pontuais).
Os planos
narrativos
Obra narrativa complexa, Os Lusíadas constroem-se através da
articulação de três planos narrativos, não deixando, ainda assim, de
apresentar uma exemplar unidade de ação.
Como plano narrativo fuleral apresenta-nos a viagem de Vasco
da Gama à India. Continuamente articulado a este e paralelo a ela, surge um
segundo plano que diz respeito à intervenção dos deuses do Olimpo na Viagem.
Encaixado no primeiro plano, tem lugar um terceiro, que é constituído pela
História de Portugal, contada por Vasco da Gama ao rei de Melindo, para Paulo
da Gama e por entidades dividas que vaticinam futuros feitos dos Portugueses.
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